BOSQUE DE ARRAYANES
O Parque Nacional Los Arrayanes foi criado em 1971. Engloba toda a Península de Quetrihué com uma superfície de 1.840 hectares ao sul da Província de Neuquén, a 12 km da cidade de Villa La Angostura, sobre a margem norte do Lago Nahuel Huapi.
Seu nome foi pelo antigo dono, o Doutor Antônio Lynch, quem descobriu no final da península o Bosque de Arrayanes e o doou ao Parque Nacional, exceto a área do centro que ainda é conservada por seus herdeiros como representação das primeiras colonizações da Patagônia.
O objetivo de sua criação foi preservar o bosque, que só se repete no extremo oeste da ilha. A visita só é permitida sob um rigoroso controle, com a finalidade de prevenir e evitar a alteração ou destruição do local. Assim, será possível apreciar muito melhor o lugar.
FLORA
O Parque abriga uma das únicas concentrações de exemplares de árvores de Arrayán (Luma piculata), também chamadas de Quetri. É daí que vem o nome indígena da Península de Quetrihué, que significa lugar dos quetris.
Essa árvore, parente do Eucalipto Australiano, costuma crescer nas margens das águas, em terrenos úmidos, mas que formam parte dos bosques puros que se encontram ao sul da Península de Quetrihué e ao norte da Isla Victória (P. N. Nahuel Huapi).
FAUNA
Na fauna dos bosques andino-patagônicos, é possível reconhecer mamíferos que estão em ameaça de extinção, como por exemplo, a lontra, conhecida aqui como huillín (Lontra provocax).
O ratão do banhado (conhecido como coipo), a raposa cinza (conhecida como zorro gris), o furão (conhecido como hurón) e o gambá são as espécies mais comuns. No quesito aves, é possível avistar a gaivota-meridional, o corvo- marinho (Phalacrocorax olivaceus) e o biguá, que frequentam as orlas do lago.
A abertada-comum, conhecida como cauquén (Chloephaga picta) e a bandurria (ave de bico longo), costumam visitar lugares abertos e ensolarados.
O sabiá, (conhecido como zorzal), o huet-huet, o comesebo patagônico (Phrygilus patagonicus) e o grande pica-pau (conhecido como carpinteiro grande), habitam em grandes arvoredos. Já entre os cervídeos nativos, encontramos o pudú (uma espécie ameaçada), um dos menores cervos do mundo e é um dos mais conhecidos da região. Um exemplar adulto pode chegar a pesar entre 10 e 12 kg.